Blog Um Ano no Topo do Rio Grande
Na região do pico do Monte Negro é possível visualizar um número de aves de pequeno, médio e grande porte que habitam tanto os campos como as matas de pinheiros ou das bordas dos cânions.
O pica-pau-do-campo é uma das mais comuns e chamativas aves de campo e bordas de matas, fazendo grande alarido com seus gritos estridentes quando perturbados. Vivem em grupos pequenos sempre a procura de insetos.
Um tico-tico jovem é identificado pelas coloração rajada do peito, diferente dos adultos. É uma cria da primavera passada, trazendo novos recrutas ao ambiente dos campos e matas da região.
O curicaca é uma ave de grande porte que gosta de se aquerenciar perto das casas das fazendas onde, inclusive, constroe seu grande ninho de gravetos. Durante o dia passa em áreas abertas de campos e banhados atrás de seu alimento.
As polêmicas queimadas todos os anos viram notícias e colocam em lados opostos os proprietários, que utilizam o campo para criação de gado, e aqueles que aceditam na nefasta e seletiva ação do fogo sobre a biodiversidade local.
Esta imagem foi feita logo após as queimadas de inverno, em agosto de 2016. Veja a comparação com a imagem abaixo, feita no mesmo local no verão do mesmo ano.
A recuperação do campo é rápida e dependendo das condições de frio e chuva, rapidamente se revestem de verde intenso
Um dia de chuva de verão aqui no Topo do Rio Grande é uma festa. Quase sempre nos finais de tarde a chuvarada chega e lava tudo de forma rápida e intermitente. Matas, campos, gado, galpões e casas recebem o aguaceiro, enchendo açudes e arroios.
Água tocada a vento, caindo de lado e com força, executa sua tarefa de encharcar, lavar e carregar.
De dentro do carrro, aguardando o alívio da tormenta para abrir a porteira, permite um tempo de contemplação do fenômeno mágico da chuva abundante.
A mata de araucária e o campo recebem a água e o nitrogênio da atmosfera, tão importantes para a abundância de capins e outras plantas de campo e da floresta. É a riqueza que vem com a chuva, além da água.
Pequenas aves que vivem na região mais alta do Rio Grande, o Monte Negro. São pássaros que vivem em grupos sociais e constroem seus ninhos perto do solo, em barrancos ou ocos de árvores. Embelezam com suas cores e seus cantos a região.
O gibão-de-couro é uma das aves migratórias que aparecem por aqui na primavera e nidificam no verão. Seus ninhos podem ser vistos nos barrancos e em galpões de toda a região.
Um tico-tico pitoco pode ter escapado de algum predador, já que são aves que andam bastante no solo ficando vulneráveis ao ataque de gatos domésticos, graxains e até mesmo de lagartos.
O canário-da-terra macho, identificado pelas sua forte coloração amarela, é uma das aves mais frequentes por aqui, juntamente com os tico-ticos. Formam bandos de dezenas de indivíduos que vivem nos campos e lavouras atrás de sementes.
Um sabiá-do-campo (Mimus saturninus) enfrente bravamente um grande carancho (Poliborus plancus) que chegou em seus domínios. Na defesa do seu território, a pequena ave não se intimida e acaba afugentando o grandalhão. Registro feito próximo ao Monte Negro, em São José dos Ausentes, RS
O sabiá-do-campo começa o processo de deixar bem claro que o gavião não é bem vindo ali.
Como o carancho não se mostrava impressionado com as rasantes, o sabiá resolveu atacar pela retaguarda.
Deu certo. Pouco depois o carancho saiu de fininho dali, indo camperear comida em outro lugar. Assim é a vida aqui pelo Topo do Rio Grande, em Ausentes.
O campo de verão assume uma coloração verde no início e vai prograssevamente amarelando devido as espigas reprodutivvas que se formam nas gramineas. O aspecto é de uma grande plantação que está amadurecendo e se aprontando para a colheita. O gado refestela-se com a abundância de alimento.
Os campos dobrados e manchas de matas de araucária formam um mosaico de cores e formas que identificam o ecossistema da região.
Campo de veão com sua cor característica.
Campo de verão na borda do Planalto, tendo ao fundo, no horizonte, o litoral de Santa Catarina.
Muita chuva, humidade e calor gera uma grande quantidade de cogumelos de diferenttes espécies, tanto aqueles assoaciadas ao esterco bovino, como outras que se desenvolvem diretamente no campo aberto.
A cascata do Facão é uma pequena queda que se forma em um arroio ao norte do Monte Negro, em campo aberto. Esta água corre para a bacia do Rio Pelotas, formador do Rio Uruguai.
As chuvas rápidas e abundantes do verão trazem alívio ao calor, fertilidade ao campo e enchem os reservatórios espallhados pelos potreiros.