Blog Expedição Canela em Movimento

Último dia na Terra do Fogo

 
Data: : Sábado, 21 de Fevereiro de 2015 00:00

 

 
 

Nosso último dia aqui na Terra do Fogo foi brindada com uma vista espetacular da baía de Ushuaia. Cedo pela manhã o sol fez uma obra de arte com as tintas emprestadas pelas nuvens e sua luz, compondo quadros inesquecíveis de um começo de dia no início do mundo. Seguimos para o norte tranquilos e com este presente na retina.  

 

Olhando esta baía, que se abre para o Oceano Atlântico, fico imaginando como foi a impressão que os nativos daqui tiveram quando viram as caravelas entrando por aquela passagem de mar que está a frente. Por ali entram, ainda hoje, mais de 300 transatlãnticos por ano, despejando milhares de turistas de todo o mundo para conhecerem este lugar magnético. A surpresa dos Yamanas, os habitantes originais da região ao verem de dentro de suas canoas de cascas de árvores, é a mema de hoje para quem fica olhando aquela entrada misteriosa cercada por duas montanhas, com se estivessem ali para viagiarem a entrada da baía. Mudaram os barcos, as vestes e habitos das pessoas, mas a geografia da misteriosa entrada não. 

 

Inciamos o retorno até Rio Gallegos para acessar a Ruta 40, que amanhã nos levará ao pé da Cordilheria dos Andes, até a cidade de Calafate. No caminho de volta registramos este casal de curicacas, a mesma espécies que é frequentemente vista nos gramados de Canela e Região das Hortênsias. Elas habitam estes ambientes abertos de campos, exatamente como aí. 

 

Na vinda, conforme já relatamos, perdemos 5 horas aqui no Estreito de Magalhães, entre papelada na aduana e passagem de balsa (foto). Hoje foi tranquilo e não levamos mais de 40 minutos entre espera e passagem. Apenas um contratempo na aduna do Chile, com uma visível má vontade de um dos funcionáros, nos retardou um pouco. Logo tudo se resolveu e seguimos para Rio Gallegos. O dia não tinha movimento, com poucos veículos e menos caminhões ainda. 

 

As praias, aqui no Estreito de Magalães, não lembram em nada as da costa do Brasil. A nossa areia branca é a aqui substituída por pedras roladas, os seixos - de cor cinza e de vários formatos. Poucos visitantes que andam por aqui não acabam levando no bolso uma ou duas destas pedras polidas, seja como um talismã ou uma simples lembrança do Estreito. 

logo retangular

Atenção:
É proibida a reprodução, total ou parcial, dos conteúdos e/ou fotos, sem prévia autorização do autor.