Blog Expedição Canela em Movimento
Cidade: : Puerto Pirámides, Argentina
A Península de Valdez é um marco ambiental na Patagônia. Com imensas áreas de praias protegidas que servem de refúgio para lobos e elefantes marinhos, pinguins e muitas aves costeiras, tornou-se um local de visitação internacional.
Os pinguins criam aqui seus filhotes em grupos grandes nas escarpas, onde fazem buracos para proteção.
Colônia de lobos-marinhos com adultos e filhotes (cor escura na foto) que nasceram em janeiro. Eles ficam em terra por mais uns dois meses aprendendo sobre como viver no mar. Brincam como crianças nas ondas menores e progressivamente vão se aventurando mais a dentro.
Mirantes estão por diversos pontos das estradas da península, permitindo aos visitantes uma visualização segura e sem que a fauna seja perturbada.
O guarda fauna Pablo, grande conheceddor dos animais da península, nos deu muitas e valiosas informações sobre os lobos, os tuco-tucos, as aves e o que mais se movimenta por terra e ar neste local. Novos amigos e seguidores da nossa expedição.
Cidade: : Bahía Blanca, Argentina
Entramos na Patagônia Argentina, um local único que mistura planícies, lagos salgados, uma fauna típica, como os guanacos da foto, e o solo coberto por arbustos baixos, retorciso e com espinhos. É a resposta da natureza a um ambiente severo, com ventos fortes e solo originário de fundo marinho. Andamos o dia todo até Bahia Blanca, uma cidade muito organizada, ruas largas e calçadas com cafés e mesas nas ruas e praças grandes e muito bem construídas, convidando todos a visitá-las.
Estradas com dezenas de quilômertros de retas que ora se elevam, ora se escondem atrás dos cerros e depressões do terreno. A viagem é fantástica pela mudança de cores da paisagem e do solo.
As Martinetas (foto acima) são aves de chão e parentes da nossa perdiz, com cristas ornamentais, e habitam a savana patagônica onde se alimentam de sementes dos arbustos, juntamente com emas. tatus, zorrilhos e outros animais.
O Pampa é um cenário muito especial. Extensões de terras planas com gado, centenas de aves de diversas espécies, plantações e estradas de muito boa qualidade. Percorremos mais de 600 km de Buenos Aires até Bahia Blanca, mais ao sul.
Estradas com retas infinitas levam a imaginação adiante do horizonte onde, já sei, ele nos engana e nos empurra sempre pá frente, nunca se deixando alcançar.
O girassol abre caminho pelas pastagens, junntamente com a soja e o milho neste verão de 2015. No inverno estes lugares devem abrigar o trigo, grão que os argentinos produzem e exportam para diversos países, inclusive o Brasil
Arroios com nomes curiosos se espalham pela Pampa.
Cidade: : Fray Bentos, Uruguay
No meio da tarde de domingo 8, chegamos em Fray Bentos, cidade uruguaia que faz fronteira com a Argentina. Uma volta pelo porto para conhecer os detalhes e a vontade de seguir nos direcionou a ponte internacional. Depois de fazer a documentação na alfândega de passageiros e veículo, seguimos sobre o magestoso Rio Uruguai, que aqui tem uma dimensão inimaginavel, para quem conhece suas nascentes em São José dos Ausentes, no RS, como um filete de água surgida entre os capões de matas de araucárias e as coxilhas do Planalto.
No porto e na orla de Fray Bentos, a tranquilidade das mansas águas do Rio Uruguai mostrada num domingo de sol com os navios aguardando suas cargas e as pessoas curtindo uma sombra, já que o sol estava de assar.
Réplicas em tamanho natural de dinossauros que por aqui viveram há mais de 70 milhões de anos são vistas no jardim e caminhos que levam as grutas.
Um local muito interessante é a Reserva de flora y fauna Dr. Rodolfo Talice, ainda em Trinidad. Sem dúvida, um município que dedica grande esforço na preservação de um patrimôni histórico, geológico e faunístico do Pampa.
Por toda a área da reserva podem ser vistos dezenas de animais nativos e exóticos, como este faisão macho que se exibia com suas cores aos visitantes.
Cidade: : Trinidad, Uruguay
Andar pelo Uruguai por rodovias não convencionais tem suas vantagens e desvantagens. Nosso GPS nos pregou uma peça hoje pela manhã. Programei ele para traçar uma rota de Rivera para Trinidad, no oeste do País. Ele criou uma alternativa por vias esburacadas que nos fez andar a 20, 30 km por hora por um longo tempo. Buracos, desníveis e pontes que passam apenas um carro foi o nosso trajeto. Ruim por um lado, bom pelo outro.
A Meriva resistiu bravamente, sem nenhum pneu furado ou dano maior. Passamos por lugares pouco convencionais o que nos permitiu conhecer de perto uma região com formação geológica muito interessante, perto de Minas de Corrales, uma cidade com minas de ouro ainda em atividade. Ali vimos uma série de formações de cerros chatos, como mesas ou altares, erguidos em meio ao pampa verde como se esperando o pouso de uma aeronave.
Outro ícone do Pampa é a Ema, a maior ave sul americana e que se carcteriza por ter asas atrofiada impedindo-a de voar. São exelentes corredoras e os índios Charruas as caçavam com as boleadeiras de pedras.
Amanhã seguiremos aqui pelo Uruguai atrás de umas grutas e de pinturas rupestres do Pampa.
Cidade: : Mata, Brasil
Na entrada da cidade de Mata tem um monumento a estes répteis extintos, fazendo lembrar que por aqui, num passado muito remoto, vagavam organismos gigantescos que se petrificaram fazendo com que sua história não desaparecesse no tempo.
A saída foi pelas sete horas da manhã, de fronte a Igreja e com uma cerração leve para me fez lembrar que estavamos em Canela. Paramos em Mata, pouco adiante de Santa Maria, onde vimos os famosos fósseis de madeira petrificada com mais de 200 milhões de anos, além de uma coleção de restos de dinossauros e outros animais contemporâneos das árvores.
Estes troncos estão por todos os lados e a cidade se enfeita deles como fazemos em canela com as pedras de basalto.
Em direção a Santana do Livramento todo o horizonte e uma estrada que parece não ter fim. O Pampa está aqui representado pelos campos suavemente dobrados em coxilhas que abrigam gado e lavouras.
Próximo da entrada de Santana do Livramento, impõe-se o Cerro Palomas, com sua coroa de pedras erguidas como um observatório para se ver ao longe o que vem e o que vai pelo Pampa.
Amanhã entramos Uruguai a dentro em busca de outras curiosidades na área de pituras rupestres. Até.