Blog Vale do Rio Silveira

A Vila do Silveira

Vista panorâmica da Vila do Silveira

Entre São José dos Ausentes e o Monte Negro - o Topo do Rio Grande, existe um povoado daqueles que se encontra nos lugares ermos em que a estrada principal corta a vila ao meio e passa por ruas estreitas muito perto das casas de moradia e comércio. Isolado e com aquele estilo rústico de casas que foram se estabelecendo próximo de empresas de beneficiamento da madeira, a vila se encostou e se desenvolveu na margem esquerda do rio Silveira, num local onde ele desce uma pequena encosta, cascateando e alegrando a vida dos moradores nos meses de calor que, por aqui, não são muitos. Nesta corredeira tem uma ilha longa que desce quase até perto da ponte da estrada principal. Na parte de cima da ilha há uma área de acampamento para os adeptos de um contato mais próximo com a natureza. Um velho ônibus urbano foi adaptado e se transformou numa área de convívio dos campistas, tendo um fogão a lenha e outras adaptações para o conforto térmico nos dias frios.

Detalhe da ilha do Rio Silveira que existe ao lado da Vila

Uma mistura de indústrias de beneficiamento de madeira, produção e beneficiamento de batatas, brócolis e pecuária, o Distrito do Silveira conta com não mais de oitocentos habitantes morando em casas de madeira ou de alvenaria, ruas de chão batido e outras poucas com calçamento, vários tipos de comércio que servem bem a população local e mesmo aquela das estâncias e pousadas da região. Uma borracharia comandada pelo “Peruca”, um açougue, oficinas mecânicas, pousadas, camping, agência de turismo, posto de correio, restaurantes, algumas igrejas, museus, cancha de rodeio e CTG e diversos varejos e armazéns típicos abrigados em casas adaptadas que dividem espaço com a moradia dos proprietários, fazendo de seus estabelecimentos uma extensão dos seus ambientes domésticos.

Borracharia do Peruca

O armazém do Cidi é um destes lugares icônicos daqui, reunindo tudo que se possa necessitar de gêneros alimentícios básicos e coisas outras para a casa. O freguês logo e convidando a circular pelos estreitos corredores lotados de mercadorias para escolher o que mais lhe convém, sempre tendo uma alternativa para as suas necessidades. Ao lado, mas no mesmo prédio, abre-se a Loja da Rose, sua irmã, com utilidades diversas para o lar. A Padaria da Bina com seus pães quentinhos e o comércio variado, tem freguesia garantida. Um “A la minuta” servido no restaurante Altos da Serra é imbatível para um almoço depois de uma campereada longa pelos campos do Silveira. Para abastecer e acolher os “tropeiros” da atualidade existe o Hostel e Restaurante de Tropeiros, sempre pronto e de portas abertas aos visitantes em trânsito com quartos e comida campeira.

O Hostel dos Tropeiros, ponto de apoio muito importante aos viajantes

Muitos turistas passam pela vila vindos ou de São José dos Ausentes, em direção aos atrativos como os cânions Monte Negro e Boa Vista, Cachoeirão dos Rodrigues e Desnível dos Rios, ou vindos de Santa Catarina, principalmente pela rota Bom Jardim da Serra – Cambará do Sul. É ponto de passagem obrigatório para estes “consumidores de natureza” e isso gera recursos para o comércio e serviços do local. Pinus, turista, batata, brócolis, bois, comércio, serviços e muita força deste povo que se agarra as oportunidades que se oferecem e seguem a vida neste insólito e interessante núcleo urbanos, distante uns 20 quilômetros da sede.

Final de tarde de outono numa das ruas da Vila 

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