Blog Andando por Aí
De a cavalo pelos cânions
De a cavalo pelos cânions
Uma das grandes atrações aqui das pousadas rurais de São José dos Ausentes, é o passeio a cavalo pelos belos campos nativos do lugar, passando por vales, coxilhas, arroios e bordeando os magníficos cânions do lugar. A visão dos cavaleiros, a maioria neófitos, é espetacular, seja no trajeto pelos campos que permite uma aproximação maior da fauna, seja parado na borda de um dos cânions, que faz cessar a respiração. Guiado sempre por experientes ginetes com seus autênticos trajes de gaúcho serrano, o passeio é um dos programas mais procurados por quem aqui chega. Na foto, João Vitor e Pablo acompanhavam uma repórter em um programa que estava sendo gravado no local, sobre as cavalgadas.
Nascendo pedra
Certa vez ouvi de um colono, que trabalhava sua terra com arado puxado por bois, que a cada ano “nascia” mais pedras no seu terreno lavrado. “Elas brotam do chão”, me dizia ele. Tentei falar que o que acontecia, na verdade, era que a cada lavrada da terra facilitava muito a erosão do solo superficial e isso acabava expondo sempre mais as pedras que estavam enterradas a diferentes profundidades no solo, em vários estágios de decomposição. Nesta foto que fiz de um velho corte de estrada, mostra bem este fato.
Jacu no pinheiro
O jacu é uma ave grande, parente distantes das galinhas, e que é comum nas fazendas. Aqui na Monte Negro e na Estância Tio Tonho, há bandos que vem diariamente aos galpões pegar aquela sobrinha de milho dos cochos dos cavalos e vacas de leite. Eles chegam, entram e se banqueteiam sem muita cerimônia, fazendo a festa dos visitantes que tem oportunidade de ver esta bela ave nativa, bem de perto. A foto mostra uma fêmea empoleirada numa araucária, perto dos galpões da Pousada Monte Negro.
Pôr de luz
O final do dia, com o pôr do sol iluminando com sua luz alaranjada o horizonte, as nuvens e tudo o mais que se possa enquadrar nele, é um dos espetáculos naturais mais fotografados e comentados. Perde, talvez, apenas para fotos de cachoeiras e catedrais. Mas tem algumas circunstancias e momentos de luz do final do dia que permitem que se faça um registro quase em preto e branco, como foi o que fiz na foto em um entardecer aqui na Estância Tio Tonho, em São José dos Ausentes.
Arte na pedra
Escolher, cortar, assentar, alinhar e empilhar pedras, não é uma tarefa para amadores. O olhar e a sensibilidade do pedreiro é que definem a qualidade da obra. Esta arte pode ser aprendida acompanhando pedreiros mais experientes, praticando com os anos ou ela nasce no sangue da pessoa, na sua alma. É o caso desta taipa da foto que foi feita pelo meu amigo Afonso Vieira, dono da Estância Tio Tonho, que fez erigida quando ele tinha cerca de 18 anos e sozinho, sem mestre para orientação. Disse-me que utilizou apenas de uma marreta para aparar as pedras. “Puxei as pedras e fiz a taipa sozinho”, me confidenciou ele muito orgulhoso da sua habilidade. Quem visitar a Estância Tio Tonho, verá outra obra de taipa feita por ele perto do galpão. Parabéns Afonso.